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Prefeitura lança 3ª chamamento público para retrofits no Centro com foco em moradia de baixa renda
Prefeitura lança 3ª chamamento público para retrofits no Centro com foco em moradia de baixa renda
Com foco em habitação social, Prefeitura lança 3º chamamento público para apoio ao retrofit de edifícios no centro. Investimento recorde de R$ 200 milhões será destinado a subsidiar parte do valor das obras de requalificação dos empreendimentos

Nesta quarta-feira (16), a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL), dá mais um passo na transformação do Centro da capital. Com um investimento recorde de R$ 200 milhões, o Município lança o terceiro chamamento da subvenção econômica, iniciativa que cobre até 25% do custo das obras de retrofit de empreendimentos antigos. O foco é ampliar a oferta de moradias na região, com prioridade para habitação social.

A Lei nº 17.844/2022, que institui e regulamenta a Área de Intervenção Urbana (AIU) do Setor Central, permite ao Poder Executivo promover chamamentos públicos para a concessão de subvenções econômicas. Com um investimento total de R$ 1 bilhão, a iniciativa busca impulsionar a requalificação de imóveis no perímetro do Programa Requalifica Centro (Lei nº 17.577/2021).

Para este terceiro chamamento público, serão destinados R$ 200 milhões. Nos editais anteriores, lançados em novembro de 2023 e maio de 2024, cada chamamento contou com um aporte de R$ 100 milhões. Até o momento, 15 projetos de requalificação foram credenciados, sendo três no primeiro chamamento e 12 no segundo. Desses, dois edifícios serão destinados exclusivamente a famílias com renda mensal de até três salários-mínimos (HIS-1).

O apoio à requalificação de edificações foi aprimorado em março deste ano com a publicação do Decreto nº 64.092/2025, visando ampliar os incentivos ao retrofit para moradia popular. As melhorias, baseadas na análise dos dois primeiros chamamentos públicos, foram aplicadas para também permitir a participação de condomínios na iniciativa e aprimorar os critérios de pontuação e desempate entre os projetos credenciados.

Com foco na habitação social, a Prefeitura destinará 60% do total de R$ 1 bilhão para projetos voltados à moradia de famílias com renda de até 3 salários-mínimos (HIS-1) e entre 3 e 6 salários-mínimos (HIS-2). Outros 15% serão alocados para projetos de habitação para famílias com renda de até 10 salários-mínimos (HMP), e 15% para iniciativas voltadas a outras faixas de renda. Os 10% restantes serão destinados a projetos não residenciais. Esses percentuais são fixos e não podem ser transferidos para outras categorias de uso, sendo definidos com base nas pontuações dos projetos apresentados pelas empresas interessadas.

Em contrapartida à subvenção, a Prefeitura exige que o empreendedor se comprometa a manter a categoria de uso do imóvel por um período mínimo de dez anos. Além disso, as obras de requalificação deverão cumprir exigências de sustentabilidade, alinhadas às normas aplicáveis a projetos públicos.

O pagamento da subvenção será realizado em parcelas, de acordo com o progresso do projeto. Vale ressaltar que o acordo com o Município não isenta o interessado da responsabilidade de obter todos os alvarás e autorizações exigidos para a execução do projeto.

Entenda a seleção dos empreendimentos para subvenção:

Fase 1 – Instrução da Solicitação

Os interessados deverão realizar as inscrições e enviar as documentações através do Portal de Processos da PMSP, de acordo com as orientações disponíveis na página subvencao.prefeitura.sp.gov.br.

A Comissão Especial de Avaliação, composta por servidores de cinco secretarias municipais, analisará a documentação para validar o atendimento aos requisitos mínimos previstos no edital, por exemplo, se o imóvel está localizado na área do chamamento público. Concluído este processo, a lista de todos os interessados será publicada no Diário Oficial da Cidade de São Paulo.

Fase 2 – Credenciamento

Na segunda etapa, a Comissão analisará os projetos e, consequentemente, definirá a porcentagem e o valor da subvenção econômica. Para isso, serão considerados critérios técnicos em dois temas: “relevante interesse urbanístico” e “externalidades positivas da intervenção”.

No primeiro tema, serão avaliados os benefícios do projeto para a cidade, levando em consideração o uso do imóvel (Habitação de Interesse Social recebe uma pontuação maior, por exemplo) e a valorização do patrimônio histórico (imóvel tombado recebe uma pontuação maior, por exemplo).

Já no segundo tema, serão analisadas as melhorias para a dinâmica socioeconômica e ambiental da cidade. Neste caso, a integração do projeto com o território (fachada ativa, fruição pública, entre outras características) e o uso de tecnologias e procedimentos construtivos sustentáveis (uso racional e reuso de água, calçada com permeabilidade e incentivo à certificação de edificação sustentável) serão apreciados.

Eventuais empates serão resolvidos, em um primeiro momento, observando a valorização do patrimônio histórico (imóvel tombado pelo IPHAN, por exemplo, tem vantagem). Em caso de manutenção do empate, outros critérios estabelecidos pelo edital serão analisados.

Por fim, a lista de projetos credenciados, já em ordem de priorização, e o extrato dos projetos, serão divulgados no Diário Oficial da Cidade de São Paulo, para a assinatura do termo de outorga com o Município.

Fase 3 – Acompanhamento dos termos de outorga

O chamamento público é concluído com a convocação dos interessados para a assinatura dos termos de outorga e a publicação dos respectivos extratos no Diário Oficial da Cidade de São Paulo.

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